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''Corrente da inadimplência'' já atinge as grandes empresas
Medidas como renegociação da dívida e extensão de prazos de pagamento têm sido as alternativas ao calote
Renée Pereira
No setor têxtil, essa "corrente do calote" já é perceptível. Pequenos varejistas ou sacoleiros com dificuldades em receber de seus clientes pessoas físicas pedem mais prazo a fornecedores - como os fabricantes de roupas -, que, por sua vez, têm de renegociar suas dívidas com seus próprios fornecedores, as grandes tecelagens.
"Essa situação tem sido muito ruim para a indústria", diz o empresário Eliezer Turco, sócio da Bordados Sulamita, empresa instalada há 30 anos em Ibitinga, no interior de São Paulo. Conhecida como a "capital nacional do bordado", a cidade convive com representantes comerciais de redes de varejo e também com os sacoleiros, que invadem as ruas do município em busca de novidades no mercado de enxovais.
Na Bordados Sulamita, a devolução de cheques - de pessoa jurídica ou dos sacoleiros - dobrou em relação ao ano passado. Isso sem contar o aumento do número de clientes que pedem a prorrogação dos prazos de pagamento, para até 120 dias. "Não tenho alternativa. Se não estender um pouco o prazo, não recebo nada", diz Turco, destacando que tudo depende do cliente que faz o pedido.
Com o caixa debilitado e sem crédito, a saída da Sulamita foi adotar a mesma estratégia dos clientes: pedir a extensão dos prazos das dívidas com as indústrias de tecelagem. "Não temos margem para fazer milagres", destaca Turco, explicando que a empresa foi obrigada a demitir 15% do quadro de funcionários por causa da crise.
Na outra ponta da corrente, no caso da indústria têxtil, estão as grandes tecelagens, que veem aumentar o pedido de renegociações de dívidas. Na Teka, por exemplo, os pedidos de aumento de prazos não partem apenas dos clientes nacionais, mas também dos estrangeiros. A empresa, porém, tem sido resistente, diz o diretor de relações com investidores da companhia, Marcelo Stewers. "Na compra, eles já pedem descontos entre 15% e 25%. Em alguns casos, a gente cede. Em outros, a gente não vende."
Quando não há acordo, a dívida entre as empresas acaba parando na Justiça. No primeiro bimestre, o volume de títulos protestados (apenas de pessoas jurídicas) subiu 40% em relação a 2008, segundo dados da empresa de solução para gestão de risco Equifax. O volume de cheques devolvidos subiu 23%. Um dos efeitos disso foi o aumento de 25,16% no número de falências no País.
Os números negativos pegaram os empresários no contrapé. Muitos tinham acabado de fazer investimentos pesados para atender a uma demanda cada vez maior. De repente, passaram a conviver com escassez de crédito, queda na receita e inadimplência. "Nunca tínhamos vivido uma situação tão complicada como essa", lamenta Paola Tucunduva, dona da lavanderia industrial Rotovic. A empresa foi atingida em cheio pela crise do setor automobilístico e de autopeças. "Nosso índice de inadimplência subiu de praticamente zero para 10%. O mais curioso é que atendemos grandes empresas, algumas multinacionais", diz Paola.
A lavanderia foi criada em 1968, pelo pai de Paola, para atender ao mercado residencial. Mais tarde, ele decidiu apostar no ramo industrial, para lavar uniformes dos funcionários das fabricantes de veículos. Hoje a empresa tem três unidades: em São Paulo, Camaçari (Bahia) e Americana (SP). Superar as consequências da crise não tem sido fácil, diz Paola. "Todos os dias recebemos inúmeros telefonemas de empresas tentando renegociar suas dívidas ou conseguir desconto."
Essa situação dificultou o planejamento das empresas. O presidente da Bosch, Besaliel Botelho, conta que a empresa tem tentado elevar os prazos de pagamento dos clientes para evitar o aumento de inadimplência. "Mas tem sido um sofrimento. Hoje ficamos todos olhando para o caixa no curto prazo." Para ele, isso reflete diretamente nas decisões de investimento da empresa, inclusive no lançamento de novos produtos. "É um desafio encontrar alternativas para superar esse momento e atender o mercado com criatividade."
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