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Taxa de juros cai ao menor nível em 15 anos

A nova taxa corresponde a juros de 118,74% ao ano.

Fonte: EstadãoTags: juros

A taxa média de juros para pessoa física apresentou em setembro a terceira queda mensal consecutiva, atingindo o menor nível dos últimos 15 anos.
Pesquisa divulgada ontem pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) aponta baixa de 0,01 ponto porcentual nas taxas em operações de crédito, de 6,75% para 6,74% ao mês. Trata-se do menor nível da série histórica do levantamento, iniciada em janeiro de 1995. A nova taxa corresponde a juros de 118,74% ao ano.
Miguel Ribeiro de Oliveira, economista e conselheiro da Anefac, explica que as reduções podem ser atribuídas "ao bom momento da economia brasileira, à normalização do mercado externo e do crédito internacional depois da crise nos países europeus."
A queda nas taxas foi puxada por três das seis linhas de crédito que compõem o cálculo da taxa média para pessoa física: juros do comércio, empréstimo pessoal de bancos e empréstimo pessoal de financeiras.
Das modalidades de crédito pesquisadas pela Anefac, duas ficaram estáveis em setembro (cartão de crédito e financiamento de automóveis) e uma cresceu no período: cheque especial.
De janeiro a setembro, a taxa de juros média para pessoa física teve redução de 3,22 pontos porcentuais, passando de 121,96% para 118,74% ao ano.
A redução também foi observada na taxa média para pessoa jurídica, que em setembro apresentou recuo de 0,04 ponto porcentual, indo de 3,82% para 3,78% ao mês. O número é o menor desde março e corresponde a uma taxa de 56,09% ao ano.
Das três linhas de crédito usadas para cálculo da taxa média, duas apresentaram baixa em setembro (capital de giro e desconto de duplicatas) e uma teve elevação (conta garantida). No período de janeiro a setembro, o crédito para as empresas se manteve estável.
Em comunicado, a Anefac prevê que os juros em operações de crédito deverão seguir em tendência de queda nos próximos meses, com baixas superiores às eventuais quedas da taxa básica de juros, a Selic.
"Deveremos inclusive ter períodos em que a Selic vai ficar inalterada e as taxas de juros das operações de crédito vão ser reduzidas", estima a entidade. "O ano de 2010 deverá ser extremamente positivo no crédito, fazendo com que o volume total atinja 50% do Produto Interno Bruto (PIB)."

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