O contribuinte ainda terá chance de quitar suas dívidas tributárias em contencioso administrativo fiscal igual ou inferior a R$ 50.000.000,00, por processo
Área do Cliente
Notícia
Atenção: seu cliente agora está de olho na taxa de juros
Pesquisa da Boa Vista SCPC revela que 85% dos consumidores com renda familiar mensal entre R$ 2.030 e R$ 8.700 controlam os gastos
A paulistana Elaine Cristine Alves, 33, dona de um pequeno buffet, é aquela típica consumidora que não resistiu à abundante oferta de crédito e facilidades para encher a carteira de cartões. Em quatro meses, ela renovou a casa com móveis, geladeira, fogão e TV.
Na hora de pagar as prestações, o orçamento foi insuficiente. Um ano e meio após a decisão de equipar a casa, ela está prestes a sair da lista de inadimplentes.
“Só falta pagar uma prestação de R$ 77. Acabou a loucura. Joguei fora os cartões”, afirma Elaine. “Agora faço conta e quero saber o quanto vou pagar de juros em um financiamento”, disse, na terça-feira (28), enquanto fazia consulta ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito,) administrado pela Boa Vista Serviços.
O comportamento de Elaine acaba de ser identificado em uma pesquisa feita pela Boa Vista SCPC pela internet, em parceria com o programa Finanças Práticas. Ao consultar mil consumidores usuários do site Consumidor Positivo (www.consumidorpositivo.com.br), a Boa Vista constatou que 85% deles, pertencentes à classe C, com renda familiar mensal entre R$ 2.030 a R$ 8.700, pelo critério da FGV, controlam os gastos do mês.
Outros dados identificados: de cada cem entrevistados, 94 pesquisam preços antes de uma compra, 83 observam mais a qualidade do produto do que o preço, e 66 consideram mais importante a taxa de juros do que se o valor da prestação cabe no orçamento.
A taxa média de juros para aquisição de bens saltou de 78,1% ao ano em dezembro de 2013 para 82,3% ao ano em dezembro passado.
“O resultado do levantamento surpreendeu, por revelar um consumidor mais amadurecido em relação aos gastos e com o uso do crédito”, afirma Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC.
Será que esta cautela do consumidor com os gastos e com compras a prazo é de fato um aprendizado que veio para ficar, ou reflete apenas a situação do momento?
Para o economista Calife, o brasileiro está mais cauteloso devido ao risco da inadimplência. Some-se a isso o fato de as próprias instituições financeiras estarem mais seletivas na hora de liberar o financiamento.
Em 2011 e 2012, a inadimplência do consumidor atingia 7,74% e 7,96%, respectivamente, segundo o Banco Central. Em 2013 e 2014, as taxas caíram para 6,7% e 6,5%. São números, segundo Calife, que refletem essa cautela do consumidor em relação às compras a prazo.
(DES)CONTROLE DE GASTOS
“O crescimento da renda e do emprego, os juros menores e os prazos mais longos de financiamento contribuíram para o descontrole dos gastos de grande parte dos consumidores”, afirma Marcel Solimeo, economista chefe da Associação Comercial de São Paulo. “Houve, sim, um processo de aprendizado. O consumidor está hoje mais consciente”, diz.
Se há mais cautela e consciência por parte do consumidor, há também mais preocupação e menos confiança na economia. “Se o consumidor está mais cauteloso, não é porque ele se educou ou aprendeu a fazer conta. É porque está com medo de perder o emprego e não pode assumir mais compromissos”, afirma Nelson Barrizzelli, consultor de varejo.
De fato, a confiança dos consumidores na economia é uma das mais baixas dos últimos anos. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV) caiu 6,7% em janeiro na comparação com dezembro de 2014, passando de 96,2 para 89,8 pontos. É o menor índice da série histórica desde setembro de 2005.
Silvio Sales, pesquisador do IBRE-FGV, afirma que este comportamento mais retraído do consumidor vem gerando reflexos no comércio. De janeiro a novembro de 2014, as vendas do varejo, incluindo material de construção e veículos, caíram 1,6%, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE. Este mesmo indicador cresceu 8% em 2012 e 3,6% em 2013, o que confirma a perda de dinamismo do consumo em 2014.
“A realidade forçou essa consciência em um ambiente econômico muito apertado”, diz Silvio Sales, pesquisador do IBRE-FGV. “Segurança nos indicadores de emprego e renda é fundamental nas decisões de consumo, principalmente em compras que dependem do crédito, como bens duráveis. E tudo isso acirra a competição no varejo, que precisa continuar a vender.
Outras pesquisas conduzidas no final do ano passado já revelavam um consumidor bem mais contido nos gastos. Estudo do Data Popular e da CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostrou que 49% dos entrevistados da classe C (neste caso, pessoas com renda per capita mensal de R$ 320 reais a R$ 1.120 mês) estavam com poder de compra menor do que seis meses antes.
“Já havia no último trimestre do ano uma percepção da classe C de que deveria frear seus gastos. As festas de final de ano, contudo, constituem estímulos ao consumo, como sabemos. O final de janeiro começou a cobrar sua conta. Com os pacotes anunciados pelo governo federal, a restrição de crédito será excessivamente forte. Assim, a queda do consumo é algo previsível neste primeiro semestre”, afirma o sociólogo Rudá Ricci.
E não poderia ser diferente. As projeções para a economia brasileira são bastante pessimistas para este ano. A promessa do governo de equilibrar as contas deve resultar em menos investimentos e, portanto, menos emprego. A inflação e os juros devem desestimular a produção e, como consequência, o emprego e o consumo. E ainda é preciso conviver com a crise hídrica e a falta de energia, não no Nordeste, mas em grandes capitais do Sudeste.
É por isso que, na pesquisa da Boa Vista, 54% dos consumidores se consideram equilibrados em relação aos hábitos de consumo e 12%, em hábitos econômicos. Se o mesmo levantamento tivesse sido realizado há dois ou três anos, o percentual que se refere ao grupo de consumistas seria muito maior, segundo Calife
A cautela dos consumidores em relação aos gastos não ocorre apenas nas classes de menor poder aquisitivo. “Isso está acontecendo com todos os brasileiros e reflete o momento econômico do país. Existe uma insegurança, uma instabilidade em relação ao emprego e isso faz com que os consumidores fiquem mais cautelosos para contrair novas dívidas”, afirma Alexandre Van Beeck, diretor de consultoria GS&MD, especializada em varejo.
O comércio, portanto, vai ter de se adaptar a um novo patamar de consumo, pelo menos até que o consumidor volte a ter a segurança de que vai permanecer empregado.
Notícias Técnicas
A cobrança da CSLL se tornou exigível a partir de 2007 com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e é alvo de controvérsia entre senadores
Propostas devem tratar de implementação de negócios ligados ao Drex. Projetos precisam prever atendimento à LGPD, ao sigilo bancário e às demais normas aplicáveis. BC publicou recentemente normas que regulam o processo.
Parceria do instituto com o CNJ permite maior agilidade na concessão de auxílios por incapacidade
Especialista em IVA, a consultora do BID Melina Rocha participou da elaboração do texto original da reforma tributária. Em entrevista ao DC, ela aborda pontos do modelo que têm gerado grandes preocupações na classe empresarial
Notícias Empresariais
Presidente Lula anunciou a nova linha do Pronampe que atenderá a região metropolitana de São Paulo
O assunto de hoje são as farmácias optantes do Simples Nacional, e com certeza você já ouviu falar sobre o trabalho que pode ser feito com essas empresas, a recuperação de créditos tributários
Uma será voltada para investimento, com limite de R$ 300 mil, e outra para capital de giro, com limite de R$ 100 mil
O encontro abordou a necessidade de qualificação profissional e novas tecnologias para atender à crescente demanda da construção civil
O CNPJ como conhecemos, somente com números vai acabar
Notícias Estaduais
No dia 14 de outubro de 2021, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP)..
A Receita Estadual do Paraná comunica que o Supremo Tribunal Federal declarou que é constitucional a imposição tributária aos contribuintes optantes pelo Simples Nacional da diferença de alíquotas do ICMS pelo Estado de destino por ocasião da entrada de mercadoria em seu território.
Será possível parcelar em até 60 meses débitos de ICMS, com desconto de até 40% em juros e multas
Acesso ao microcrédito, orientação para microempresa e Micro Empreendedor Individual (MEI), cursos, orientação para o protocolo digital de processos de registro de empresas, e manutenção preventiva de equipamentos, fiscalização e legislação. Esses são alguns serviços que constam no convênio firmado entre o Governo do Estado e o Sebrae, nesta sexta-feira (28).
A Receita Federal notificará 1.070 contribuintes no Acre, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Pará para explicar declarações de despesas de alto valor no Imposto de Renda. No Amazonas são 281 contribuintes. A Receita não informou os valores.
Notícias Melhores
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) promoveu palestra intitulada ‘Pilares e Ações Estruturantes – Gestão 2024/2025’ para todos os presentes no Plenário da Casa, durante a 73ª Reunião Extraordinária, realizada na quinta-feira, dia 4 de janeiro, em Brasília/DF
Transforme sua carreira e amplie suas receita ao se tornar um franqueado da Omie; faturamento pode chegar até R$1,5 milhão anual.
A automação e a transformação digital em curso, reforçam a importância da educação continuada e da capacitação técnica como forma de se manter competitivo em um cenário cada vez mais desafiador.
A implementação da EGC, além de promover a qualificação do corpo funcional, também contribui para o amadurecimento do ambiente corporativo do Sistema CFC/CRCs
O caso aconteceu em Gedling, Nottinghamshire, na Inglaterra