Caso aprovada, a PEC afetaria de forma mais direta o comércio, indústria e serviços que funcionam de forma ininterrupta ou atividades consideradas essenciais
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As principais tendências das profissões do futuro
O McKinsey Global Institute – MGI realiza pesquisas sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus nos empregos e profissões. Segundo os estudos, a Europa vinha apresentando os melhores resultados de emprego e renda até a chegada da doença. No atual contexto pandêmico, a queda de emprego e renda local varia entre 18% e 30%, com maior incidência em atividades que exigem habilidades físicas e manuais, impactando diretamente os trabalhadores menos instruídos, jovens e homens que podem ter suas funções substituídas pela automação.
O McKinsey Global Institute – MGI realiza pesquisas sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus nos empregos e profissões. Segundo os estudos, a Europa vinha apresentando os melhores resultados de emprego e renda até a chegada da doença. No atual contexto pandêmico, a queda de emprego e renda local varia entre 18% e 30%, com maior incidência em atividades que exigem habilidades físicas e manuais, impactando diretamente os trabalhadores menos instruídos, jovens e homens que podem ter suas funções substituídas pela automação. Estes têm maior probabilidade de perder o emprego.
“Em outras palavras, ser jovem e ter menos que o ensino médio, significa ficar mais tempo sem poder ingressar no mercado de trabalho automatizado, focado no uso intensivo de tecnologias digitais”, explica Elton Schneider, diretor da Escola Superior de Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.
Schneider explica que o trabalho administrativo ou de escritório, será realizado a distância, muito provavelmente nas casas, pela internet; as pessoas que trabalharão em atividades físicas nas empresas, terão alto grau de formação, conhecimento e domínio de tecnologia, altas habilidades matemáticas e estatísticas para o trabalho com big data. “Os trabalhadores da indústria terão como conhecimento básico exigido, os conhecimentos em computação, robótica e mecatrônica como bases cientifico tecnológicas, ao mesmo tempo em que, precisarão de altas habilidades cognitivas, sócio emocionais, de treinamento e desenvolvimento humano, bem como, a capacidade de gerenciar projetos e equipes a distância”, afirma.
A MGI prevê um crescimento de 39% na procura por profissionais com conhecimento tecnológico no período pós-pandemia. “Engenheiros de produção, computação, eletrônica, mecatrônica, analistas de sistemas e outros mais que já estavam em falta, vão continuar em falta”, explica o diretor da Uninter. Para pessoas com habilidades em gerenciamento de equipes e projetos, treinamento e desenvolvimento, o crescimento será de 30%. Pessoas com altas habilidades cognitivas, capacidade de aprender com tecnologia, domínio de matemática e estatística, 28%.
As áreas com potencial de empregos estarão voltadas aos profissionais com alto grau de formação, ou seja, graduação, pós-graduação, dupla graduação, para o desenvolvimento de novas habilidades. De acordo com Schneider, as profissões atuais de engenheiro, administrador, contador, jornalista e professor não irão desaparecer, mas exigirão dos profissionais que estão no mercado novas competências:
1 – Competências digitais: não se trata de saber usar Excel, Word e Power Point, mas de saber usar a tecnologia e seu potencial para automatizar processos, realizar reuniões virtuais, produzir conteúdo virtual, gerir equipes virtuais, se comunicar por áudio, vídeo e texto.
2 – Habilidades de comunicação virtual: se a comunicação já era importante antes, imagine agora que além da escrita, será preciso domínio de técnicas de oratória para áudio e vídeo, domínio de captura e edição de imagens, da produção de animações e de material gráfico para o seu negócio visando o comércio e relacionamento virtual;
3 – Automação e digitalização dos negócios: cada vez mais as empresas serão automatizadas e virtuais, em termos de processos, de produtos, de serviços e principalmente de atendimento ao cliente, via sites de e-commerce, chat boots de atendimento, aplicativos de inteligência artificial, não precisamos ser desenvolvedores, mas precisamos ser bons selecionadores de tecnologias que permitirão a criação de negócios virtualizados;
4 – Aprendizagem ao longo da vida, para a vida: embora seja um tema discutido há bastante tempo, vive-se em época de transformação digital, aprender sempre e durante toda vida, tornar-se-á uma necessidade. Não existem mais profissões eternas, nem empregos eternos, existe a eterna mudança;
5 – Desenvolvimento de Equipes Virtuais SEAMA – (Sócio / Emocional / Afetivas / Motivadas / Aprendentes): se gerenciar equipes já era desafiante, agora torna-se um dos 13 trabalhos de Hércules (aumentou um), uma equipe precisará mais que atingir metas de desempenho, necessitará de apoio em suas relações sociais, em suas emoções em relação ao emprego, ao trabalho, com outras pessoas e a família. Mesmo em casa, o ser humano precisa de afeto e carinho daqueles que trabalham e comungam dos mesmos objetivos e sonhos; a motivação será impactada por um ou todos estes fatores ao mesmo tempo, isto tudo sem falar, que a aprendizagem se fará necessária a toda hora e a todo o tempo;
6 – Áreas do conhecimento que o profissional precisa conhecer: Inteligência Artificial – AI, Internet das Coisas – IOT, Big Data, Business Inteligence – BI, Blockchain, Indústria 4.0, Automação, Gestão Eletrônica de Documentos – GED, Marketing Digital, E-Commerce, Omnichannel, Compliance, Global Trading, Coaching, entre outros.
De acordo com o estudo da MGI, um dos maiores efeitos da transformação digital virá na modificação da forma como são realizadas as atividades e trabalhos, na forma como se exercem as profissões. “As funções não deixarão de existir, vamos fazer mais, vamos fazer diferente, as máquinas serão responsáveis por muito do que fazemos atualmente, precisamos utilizar o tempo liberado para atividades de maior valor agregado, de maior inteligência aplicada, para atividades de maior relacionamento interpessoal, para fazermos aquilo que somos realmente bons, não para a digitação de pedidos, de textos, de ordens, para a conferência de atividades executadas por outros, mas para o uso da inteligência em larga escala”, finaliza Schneider.
Os empregadores também terão dificuldades de encontrar novos trabalhadores com as habilidades necessárias e em remunerar este novo profissional, em entender que agora estão contratando não apenas mão-de-obra para suas empresas, mas que estarão contratando inteligência, criatividade e inovação em um único contrato de trabalho.
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