Daniel Loria, diretor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária, prevê 2025 como um ano a ser marcado por avanços significativos na implementação tecnológica da reforma
Área do Cliente
Notícia
Inclusão do público autista ainda é desafio no mercado de trabalho
A inclusão da população autista mercado de trabalho é garantida pela mesma legislação que determina a participação mínima para pessoas com qualquer deficiência.
Abril é reconhecido como o mês de conscientização do autismo. A inclusão da população autista mercado de trabalho é garantida pela mesma legislação que determina a participação mínima para pessoas com qualquer deficiência.
Entretanto, a presença de pessoas autistas nas empresas continua a ser um desafio significativo para o mercado. Enquanto avanços têm sido feitos em termos de conscientização e políticas de inclusão, ainda há muito a ser feito para garantir um ambiente de trabalho verdadeiramente acolhedor, acessível e planejado, que se apoia na diversidade, para atender com equidade as pessoas que têm o diagnóstico, para que assim elas possam desempenhar, da melhor maneira suas funções.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficit na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades, salientando que essas características podem ser diferenciadas entre os indivíduos com TEA.
Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.
Segundo dados do IBGE, atualmente, 85% dos autistas brasileiros estão fora do mercado de trabalho. Muito além de “se mostrarem” inclusivas, as empresas devem praticar a inclusão em seu sentido amplo, certificando-se de que o colaborador autista tem, de fato, atribuições e ambiente adequados para exercer sua atividade com sucesso. A pedagoga Eliane Maria Freitas Monken, docente do curso de Pedagogia no UniBH, destaca os principais pilares para a inclusão plena do autista no universo corporativo.
“Um dos melhores caminhos para a inclusão é não focar no transtorno e sim na pessoa, conhecendo suas competências para além da ótica do autismo. Desta forma, as ações que ela passa a exercer na empresa estarão em consonância com as habilidades apresentadas. Lembrando que não se trata de apenas integrar a pessoa, porque esta é uma obrigação legal, mas dar condições reais para que ela mostre os seus talentos junto ao time. A equidade precisa ser constatada ao longo dos projetos construídos pela empresa”, destaca.
Inclusão por lei
A lei 12.764 de 27 de dezembro de 2012 (conhecida como lei Berenice Piana) instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa TEA. Sua inserção no mercado de trabalho também é garantida pela lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (lei 8.213/91). A legislação determina as proporções para empregar pessoas com deficiência, que variam de acordo com a quantidade de funcionários (de 100 a 200 empregados, a reserva legal é de 2%; de 201 a 500, de 3%; de 501 a 1.000, de 4%).
As empresas com mais de 1.001 empregados devem reservar 5% das vagas para esse grupo e a contratação de empregados com TEA é opcional àquelas empresas que possuem quadros com menos de 100 colaboradores. As multas para instituições que descumprirem a legislação podem chegar a R$ 228 mil.
Preparo faz a diferença
De acordo com a professora, dentre as primeiras providências das lideranças deve estar a preparação da equipe para receber o novo profissional: “O conhecimento é a primeira chave para a inclusão da pessoa com TEA, pois ao passo que se compreende com afinco seu conceito, as características e como lidar com estas especificidades, a equipe estará preparada para receber e acolher este sujeito de direito. Nesse sentido, a formação continuada se torna imprescindível para a busca da qualidade da equipe”, conta.
Pesquisas mais recentes mostram que, geralmente, as principais habilidades dos autistas – e que podem ser aplicadas ao ambiente corporativo – são:
- Foco e concentração;
- Lidar com questões lógicas e matemáticas;
- Inclinações para serviços visuais;
- Maior disposição às atividades repetitivas e metódicas, que possam manter uma rotina diária;
- Trabalhos que envolvam regras, padrões e conceitos muito bem definidos;
- Habilidade de lembrar fatos a longo prazo;
- Memória, criatividade e atenção aos detalhes.
Eliane ainda destaca que cada sujeito é único e traz em si suas emoções, seus talentos, suas formas de enxergar o mundo: “o entendimento das características do autismo é essencial para que as empresas possam criar ambientes inclusivos. Por exemplo, para alguns autistas, certos tipos de estímulos sensoriais podem ser avassaladores, enquanto para outros, rotinas rígidas e previsíveis são essenciais. Ao reconhecer e acomodar essas diferenças, as empresas podem não apenas atrair talentos autistas, mas também promover um ambiente de trabalho mais diversificado e inclusivo para todos os funcionários”, diz.
Ela pontua, ainda, que é fundamental que as organizações não deixem de lado treinamentos para que não só líderes e RHs, mas o time de trabalho como um todo, tenham papel ativo na promoção de práticas genuinamente inclusivas.
“É importante que as empresas invistam em programas de conscientização e treinamento para seus funcionários, a fim de promover uma cultura organizacional que valorize a diversidade e a inclusão. Isso não apenas ajuda a combater estigmas e preconceitos, mas também promove a compreensão mútua e a colaboração entre colegas de trabalho de diferentes origens e habilidades”, salienta.
Neurodiversidade alavanca resultados
O relatório “A diversidade vence: como a inclusão é importante”, produzido pela McKinsey em 2020, demonstra que as equipes neurodivergentes superam as homogêneas em 36%, em termos de rentabilidade. “Integrar profissionais neurodivergentes é uma forma de trazer novas visões, inovações e alavancar o negócio”, ressalta o CEO da Otimiza Benefícios, Anderson Belem.
Diagnosticado com TDAH e Altas Habilidades/SD Criativo Produtivo apenas aos 40 anos, Belem sentiu na pele o que é, segundo ele, “ser diferente”. “Trilhei um caminho repleto de mal-entendidos e oportunidades perdidas até a fundação da minha empresa, que nasceu justamente dessa visão diferenciada das coisas e levou à reengenharia no modelo de benefício do vale-transporte, poupando milhões de recursos que eram desperdiçados anualmente”, conta.
Atualmente, aproximadamente 15% da população mundial é classificada como neurodivergente. “É preciso desmistificar a neurodivergência no mercado de trabalho e apresentar os benefícios da pluralidade e diversidade acima de tudo. A verdadeira superação reside em aceitar nossas singularidades e entender que a inovação nasce da diversidade”, finaliza Belem.
Notícias Técnicas
De 7,6 milhões de aposentados e pensionistas associados a entidades e sindicatos, 1 milhão reclamaram de descontos indevidos, todos foram excluídos
Previc realiza mediação entre participantes do fundo de pensão do extinto banco público de Pernambuco e representantes do Santander
A Receita Federal do Brasil (RFB) orienta os prefeitos quanto às irregularidades no envio de declarações e quanto à possibilidade de pagamento ou parcelamento de eventual dívida.
Encontro híbrido visou orientar operadores de direito e assessores da indústria.
Notícias Empresariais
Publicação, disponível no site do órgão, reúne normas nacionais e internacionais para fortalecer o diálogo social sendo uma ferramenta prática sobre negociações coletivas e mediações trabalhistas no Brasil
É o menor valor para um terceiro trimestre desde o início da série histórica, em 2012. Comparada ao terceiro trimestre de 2023 (7,7%), houve diminuição de 1,3 p.p.
Ela não conseguia novo emprego e pediu indenização por dano pós-contratual
Programa do INSS visa reinserir o trabalhador reabilitado ao mercado de trabalho. Benef´ício é mantido durante a participação do segurado na reabilitação
Equipamentos sem o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo MTE não podem ser classificados como EPIs, mesmo que sejam comercializados ou utilizados com essa finalidade
Notícias Estaduais
No dia 14 de outubro de 2021, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP)..
A Receita Estadual do Paraná comunica que o Supremo Tribunal Federal declarou que é constitucional a imposição tributária aos contribuintes optantes pelo Simples Nacional da diferença de alíquotas do ICMS pelo Estado de destino por ocasião da entrada de mercadoria em seu território.
Será possível parcelar em até 60 meses débitos de ICMS, com desconto de até 40% em juros e multas
Acesso ao microcrédito, orientação para microempresa e Micro Empreendedor Individual (MEI), cursos, orientação para o protocolo digital de processos de registro de empresas, e manutenção preventiva de equipamentos, fiscalização e legislação. Esses são alguns serviços que constam no convênio firmado entre o Governo do Estado e o Sebrae, nesta sexta-feira (28).
A Receita Federal notificará 1.070 contribuintes no Acre, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Pará para explicar declarações de despesas de alto valor no Imposto de Renda. No Amazonas são 281 contribuintes. A Receita não informou os valores.
Notícias Melhores
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)