É a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, só perdendo para o trimestre encerrado em dezembro de 2013
Área do Cliente
Notícia
Benefícios levam a discussão sobre carga tributária
Com a redução do IPI, a arrecadação do país não caiu consideravelmente.
Um ano depois de a crise financeira ter se espalhado mundo afora, o Brasil começa a discutir se já não é hora de cortar os benefícios fiscais que foram dados como forma de manter o consumo e amenizar os efeitos da crise no país. O tema permeou o debate de encerramento do IX Congresso Internacional de Direito Tributário de Pernambuco, que aconteceu de 10 a 12 de setembro em Porto de Galinhas (PE). O debate foi mediado pelo apresentador da CBN Carlos Alberto Sardenberg.
José Múcio Monteiro Filho, ministro das Relações Institucionais do governo Lula, contou que, na última reunião do G20, a Alemanha e alguns países sugeriram a retirada dos incentivos fiscais, já que a crise, se não está superada, caminha para isso. O Brasil foi um dos que lideraram a defesa da manutenção dos benefícios, conta José Múcio. Ele reconheceu que o Brasil está saindo da crise, mas afirmou que, por um tempo ainda, os benefícios fiscais devem ser mantidos. O que não se pode fazer é deixar os benefícios virarem preço, ou seja, a redução de tributos ficar permanente, “porque aí acaba o incentivo ao consumo.”
A eficácia dos benefícios fiscais para incentivar o consumo e fazer o país não sofrer tanto em tempos de crise foi reconhecida pelo ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel. Para ele, como o IPI, principal alvo dos incentivos, já tem como estrutura alíquotas diferentes para cada produto, a desoneração de determinados setores não é uma surpresa e pode sim ser bastante eficaz. O problema, disse, é que o 57% da arrecadação com IPI vai para os estados e municípios. Portanto, foram eles os que mais sofreram. “Por que a redução não foi de Cofins?”, sugeriu. A resposta do governo veio de bate-pronto: a União se comprometeu a se sacrificar e manter igual à distribuição para estados e municípios, disse José Múcio. “Mas os estados e municípios foram ao mais vitimados sim”, reconheceu.
“Com a redução do IPI, a arrecadação do país não caiu consideravelmente. Por que não tornar a redução permanente para reduzir a carga tributária? Incentivo que deu certo pode virar permanente”, provocou Mary Elbe Queiroz, presidente do Instituto Pernambuco de Estudos Tributários (Ipet). A resposta veio, mais uma vez, dos representantes do governo. “Porque aí deixa de ser benefício”, disse José Múcio.
O procurador-geral da Fazenda Nacional, Luiz Inácio Lucena Adams, explicou que o benefício foi gerado por uma crise de crédito e mantido com sacrifícios, principalmente da União, que assumiu o ônus de financiar os municípios. “Temos de trabalhar uma solução estrutural para resolver o problema da carga tributária. Não podemos tratar solução pontual como estrutural.”
Hora de reformar
A tal falada mudança estrutural viria com a também bastante discutida e ainda tão distante reforma tributária. “Reforma tributária no país é igual o paraíso. Todo mundo quer chegar lá, mas não quer que chegue o dia de chegar lá”, brincou José Múcio. Ele afirmou que, para o governo, é importante que haja sim a reforma tributária, mas também reconheceu que ela não acontecerá nesse governo, que termina no final de 2010.
Há conflitos de interesses, disse. O principal deles é que todo mundo quer arrecadar mais e o contribuinte, pagar menos. Por conta destes impasses, disse José Múcio, o momento certo para discutir qualquer reforma é nos seis primeiros meses de governo. Mas o mais importante, disse, é a reforma política. Da maneira como funciona o sistema político no Brasil, basta um deputado para emperrar a votação de qualquer outra reforma.
Everaldo Maciel, que já esteve à frente da arrecadação de tributos da União, rebateu a principal bandeira de contribuintes que lutam pela reforma tributária: a redução da carga tributária. A carga é da altura dos gastos do país, que gasta muito com educação e saúde, por exemplo, disse. Mary Elbe não deixou barato: “Mas a gente não vê os gastos com educação e saúde”, disse e foi aplaudida pela plateia que assistia o debate. Everardo Maciel rebateu: É que o país historicamente gasta mal.
Para ele, o que mais afasta investimento estrangeiro no país não é a alta carga tributária, mas a peculiaridade do sistema tributário brasileiro. Aqui, todo assunto tributário se converte em discussão constitucional, o que não acontece em nenhum outro país. “Nosso problema é que tudo está na Constituição. Isso é resultado da falta de confiança no legislador ordinário”, afirmou João Otávio de Noronha, ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Maciel lembrou que isso se torna mais grave dada a informação passada pelo ministro Gilmar Mendes de que o Supremo Tribunal Federal demora em média 14 anos para dar resposta em Recurso Extraordinário, ferramenta de controle difuso de constitucionalidade. Com as novas ferramentas como Repercussão Geral e Súmula Vinculante, no entanto, essa demora tende a ser reduzida.
País das contribuições
O ministro José Múcio foi questionado sobre a Contribuição Social para a Saúde (CSS), a filha da CPMF, e afirmou categoricamente: “A CSS não vem”. Segundo ele, um grupo pequeno na Câmara luta para aprovar a contribuição, mas o governo já desistiu e se colocou fora da discussão.
Everardo Maciel levantou um ponto que, caso a CSS passe pelo Congresso, pode levá-la a ser barrada no Judiciário. A CPMF foi imposta por meio de Emenda Constitucional. Já a CSS é discutida em Projeto de Lei Complementar. Para Maciel, como imposto sobre a movimentação financeira é cumulativo e a Constituição diz que lei complementar só pode tratar de imposto não cumulativo, a CSS nasceria de lei complementar já inconstitucional.
O procurador da Fazenda Adams reclamou da visão parcial da discussão. “Temos o hábito de tratar questões pelas partes e não ver o todo”, disse. Ele explicou que todos criticam a CSS, mas não enxergam que está havendo aumento dos gastos com a saúde e o Estado precisa gerar recursos para suprir isso. “O Brasil tem problemas na área de saúde sim, mas também tem o SUS estruturado para atender a população.”
Notícias Técnicas
A Casa aprovou alterações significativas no PLP 108/24, abrangendo novos aspectos do sistema tributário, como ITCMD, ITBI, IGF, e a regulamentação do CG-IBS
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, informou que as propostas comporão o primeiro de dois “pacotes estruturais” a ser apresentados pelo governo
Confira o relatório completo e a metodologia detalhada do índice no link na matéria.
Secretários do Ministério da Fazenda participaram de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado
Notícias Empresariais
Curso é voltado a servidoras e empregadas públicas de estados e municípios. Alunas que se destacarem participarão de atividade presencial na Universidade Harvard, nos EUA
Mortes em acidentes de trabalho têm gerado indenização a pessoas que não são da família nuclear, quando comprovado o afeto e o vínculo com a vítima
São três opções de planos de contribuição para garantir direitos. Confira quais são e como contribuir
A proposta visa proteger os direitos dos estagiários em situações de rescisão contratual e ampliar a proteção já assegurada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
Modelo de trabalho flexível se consolida como diferencial para retenção e engajamento dos funcionários.
Notícias Estaduais
No dia 14 de outubro de 2021, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP)..
A Receita Estadual do Paraná comunica que o Supremo Tribunal Federal declarou que é constitucional a imposição tributária aos contribuintes optantes pelo Simples Nacional da diferença de alíquotas do ICMS pelo Estado de destino por ocasião da entrada de mercadoria em seu território.
Será possível parcelar em até 60 meses débitos de ICMS, com desconto de até 40% em juros e multas
Acesso ao microcrédito, orientação para microempresa e Micro Empreendedor Individual (MEI), cursos, orientação para o protocolo digital de processos de registro de empresas, e manutenção preventiva de equipamentos, fiscalização e legislação. Esses são alguns serviços que constam no convênio firmado entre o Governo do Estado e o Sebrae, nesta sexta-feira (28).
A Receita Federal notificará 1.070 contribuintes no Acre, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Pará para explicar declarações de despesas de alto valor no Imposto de Renda. No Amazonas são 281 contribuintes. A Receita não informou os valores.
Notícias Melhores
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade
Saiba como lidar quando o cliente pede redução de honorários: estratégias de negociação, análise de custos e como evitar cair na armadilha de competir por preço. Garanta a valorização do seu trabalho!
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) promoveu palestra intitulada ‘Pilares e Ações Estruturantes – Gestão 2024/2025’ para todos os presentes no Plenário da Casa, durante a 73ª Reunião Extraordinária, realizada na quinta-feira, dia 4 de janeiro, em Brasília/DF
Transforme sua carreira e amplie suas receita ao se tornar um franqueado da Omie; faturamento pode chegar até R$1,5 milhão anual.