Caso aprovada, a PEC afetaria de forma mais direta o comércio, indústria e serviços que funcionam de forma ininterrupta ou atividades consideradas essenciais
Área do Cliente
Notícia
Estados e municípios terão receita menor
Ao mesmo tempo, a projeção do governo para as transferências da União aos governos estaduais e às prefeituras foi reduzida em R$ 6,3 bilhões, em relação àquela inicialmente divulgada.
A desaceleração da economia e as desonerações tributárias feitas pelo governo federal estão afetando também as receitas de Estados e municípios. Ainda não é conhecida a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em junho, mas o resultado de janeiro a maio mostrou um aumento real muito pequeno da receita total do tributo, em comparação com igual período do ano passado, embora o comportamento não tenha sido homogêneo, com alguns Estados tendo um desempenho melhor do que outros. Ao mesmo tempo, a projeção do governo para as transferências da União aos governos estaduais e às prefeituras foi reduzida em R$ 6,3 bilhões, em relação àquela inicialmente divulgada.
Quando editou o primeiro decreto de contingenciamento das dotações orçamentárias, em fevereiro, o governo estimou que as transferências constitucionais e legais da União para Estados e municípios ficariam em R$ 182,6 bilhões. No relatório de avaliação de receitas e despesas relativo ao terceiro bimestre, a estimativa caiu para R$ 176,3 bilhões. Nesse total, estão incluídos os repasses ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), os subsídios aos fundos constitucionais, o salário educação, as compensações financeiras (royalties), a receita da CIDE-Combustível e outras menos relevantes.
As transferências do FPE e do FPM estão caindo, em relação ao programado inicialmente, por causa do fraco desempenho da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2012. Esses fundos recebem percentuais das receitas desses dois tributos. O governo espera arrecadar menos R$ 8,7 bilhões de IR este ano, em relação ao que estimou no primeiro decreto de contingenciamento, de acordo com o relatório do terceiro bimestre. Para o IPI, a frustração de receita prevista é de R$ 2,05 bilhões.
O comportamento da arrecadação do IR reflete a baixa rentabilidade das empresas neste ano, fruto da desaceleração econômica. Houve uma queda significativa do IR e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas que apuram os dois tributos pelo lucro real (estimativa mensal e balanço trimestral). A frustração da receita do IPI está relacionada não apenas com o desaquecimento da economia, mas também com as desonerações feitas pelo governo federal.
As alíquotas do IPI foram reduzidas para os veículos automotores novos, eletrodomésticos da linha branca, móveis, luminárias e papel de parede. A Receita Federal ainda não estimou o estrago efetivo produzido na arrecadação do IPI por essas desonerações. O único dado disponível é a arrecadação do IPI-automóveis, que caiu 73,7% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
No caso da CIDE-Combustível, o impacto da desoneração feita pelo governo é direto. A União divide a receita da CIDE-combustível com os Estados. No fim do ano passado, o governo decidiu reduzir as alíquotas da CIDE incidente sobre gasolina e diesel para evitar que o aumento de preços feito pela Petrobras não fosse repassado aos consumidores. Em junho passado, o governo decidiu zerar as alíquotas da CIDE, com o mesmo objetivo. A área econômica esperava arrecadar R$ 5,3 bilhões com esse tributo neste ano, de acordo com o primeiro decreto de contingenciamento. Agora, acha que só arrecadará R$ 2,9 bilhões. Os Estados deverão perder algo em torno de R$ 700 milhões com essa desoneração.
A queda dos repasses ao FPE e ao FPM vai afetar principalmente os Estados e municípios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que ficam com 85% dos recursos desses fundos. Mas a redução da arrecadação da CIDE-Combustível, em função de um objetivo de política econômica, afetará a todos. Em 2009, quando os recursos do FPE e do FPM também caíram substancialmente, o governo federal criou um mecanismo de compensação financeira aos Estados e municípios. Ainda não há, neste ano, um movimento visível de governadores e prefeitos com a mesma reivindicação.
A receita do ICMS, principal tributo estadual, dá sinais de que não está resistindo à desaceleração da economia. De acordo com dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), a receita do ICMS de janeiro a maio deste ano atingiu R$ 126,12 bilhões, ante R$ 119,27 bilhões no mesmo período de 2011 - um crescimento nominal de apenas 5,76%, o que dá um aumento real (atualizado pelo IPCA) inferior a 1%.
A arrecadação do ICMS está sendo afetada principalmente naqueles Estados com grande concentração industrial, como é o caso de São Paulo. Houve, de dezembro a maio, uma queda da produção industrial de 3,08% em comparação com igual período do ano passado, de acordo com o IBGE. Mas, em muitos Estados, o efeito negativo da arrecadação do ICMS sobre as indústrias está sendo compensado pelo aumento da receita desse tributo sobre os produtos importados.
Com a redução do ritmo da receita do ICMS e a queda das transferências da União, o que está no horizonte é uma impossibilidade de cumprimento da meta de superávit primário para este ano por parte dos Estados e dos municípios. A última vez que eles cumpriram a meta, a bem da verdade, foi em 2008, de acordo com os dados do Banco Central. De lá para cá, a União tem sido obrigada a fazer a sua parte e complementar a parte de Estados e municípios, com o objetivo de cumprir a meta fiscal do setor público consolidado.
No acumulado de 12 meses até maio, o resultado fiscal de Estados e municípios, mesmo incluindo as empresas estaduais e municipais, está em R$ 32,99 bilhões, bem abaixo da meta fixada em R$ 42,85 bilhões - algo como 0,95% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa meta ficará mais difícil de ser obtida porque a presidente Dilma Rousseff autorizou novos empréstimos aos governos estaduais, o que deverá ampliar as suas despesas primárias deste ano. A questão é saber se a União terá condições de complementar o superávit de Estados e municípios, mesmo com a forte frustração de receita que está enfrentando.
Notícias Técnicas
Ministro da Fazenda disse que aguarda aval do presidente Lula para anunciar medidas
Audiência pública deu sequência aos debates sobre o PLP 68/2024 e contou com a participação do diretor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária, Daniel Loria
Requerimentos de Benef´ícios de Prestação Continuada (BPC) agora são mostrados em separado
Segundo balanço do Sebrae, o país soma 3,7 milhões novos CNPJ em 2024. O volume já é bem próximo dos 3,93 milhões de negócios criados em 2023
Notícias Empresariais
Essa produção representa um aumento de 5,8% em relação à safra de 2024, ou 17,2 milhões de toneladas a mais
Alta dos preços foi mais significativa para as famílias de renda mais baixa, refletindo as altas dos alimentos e da energia elétrica
Para a 3ª Turma, na falta de acordo com o sindicato local, deve ser pago o salário mínimo estadual
Os desafios e as oportunidades para fortalecer a negociação coletiva e enfrentar as transições que afetam os trabalhadores também foram discutidos por especialistas internacionais, sindicalistas e representantes do MTE, da OIT e do Governo Americano e de países da América Latina
O volume total de serviços está 16,4% acima do patamar pré-pandemia, cujo marco é fevereiro de 2020
Notícias Estaduais
No dia 14 de outubro de 2021, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP)..
A Receita Estadual do Paraná comunica que o Supremo Tribunal Federal declarou que é constitucional a imposição tributária aos contribuintes optantes pelo Simples Nacional da diferença de alíquotas do ICMS pelo Estado de destino por ocasião da entrada de mercadoria em seu território.
Será possível parcelar em até 60 meses débitos de ICMS, com desconto de até 40% em juros e multas
Acesso ao microcrédito, orientação para microempresa e Micro Empreendedor Individual (MEI), cursos, orientação para o protocolo digital de processos de registro de empresas, e manutenção preventiva de equipamentos, fiscalização e legislação. Esses são alguns serviços que constam no convênio firmado entre o Governo do Estado e o Sebrae, nesta sexta-feira (28).
A Receita Federal notificará 1.070 contribuintes no Acre, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Pará para explicar declarações de despesas de alto valor no Imposto de Renda. No Amazonas são 281 contribuintes. A Receita não informou os valores.
Notícias Melhores
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento