É a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, só perdendo para o trimestre encerrado em dezembro de 2013
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Retomada só em 2015
Portanto, recuperação – se e quando vier, é só para 2015.
Com indicadores cada vez mais desfavoráveis, como a lentidão na criação de empregos com carteira assinada, embora ainda não apareçam sinais de desemprego (leia na página 15 da presente edição), a economia brasileira avança pelo segundo semestre com apenas uma certeza: a confiança está baixa para o consumo e o investimento e sua volta só é possível após as eleições. Portanto, recuperação – se e quando vier, é só para 2015.
Esse cenário foi passado em revista, ontem, por dois renomados economistas, em São Paulo: Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio-diretor da Tendências Consultoria e Octavio de Barros, diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco.
Para um público de associados da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Loyola – eleito Economista do ano de 2014 pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) – disse que a economia está anêmica e sem dinamismo, em parte por causa do cenário externo de crescimento baixo, mas principalmente por causa do ambiente doméstico.
"A média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2011 a 2014 foi de 1,7% ao ano. O percentual foi 47% menor do que o crescimento médio de países da América Latina. O dever de casa na política macroeconômica não foi bem feito", afirmou.
Para este ano, a projeção é de alta de 0,6% do PIB, percentual que sobe para 1,5% em 2015.
Barros, frente a uma platéia de empresários, reunidos no XII Encontro Nacional SCA Systema Consultores Associados, disse que o Brasil não vai tão mal, mas precisa correr para se adaptar à realidade do financiamento global após a retirada de estímulos monetários pelos Estados Unidos, prevista para o segundo semestre deste ano. "No próximo governo teremos um semestre de ajustes nos preços administrados e fiscal, além de reformas necessárias. O segundo semestre de 2015 será de recuperação da confiança", afirmou.
Nomeando-se “um realista esperançoso”, qualificação que tomou emprestada de Ariano Suassuna (1927-2014), reforçou que não gosta do rótulo de otimista. "O problema é que há uma politização excessiva do debate macroeconômico", disse. A projeção de Barros para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano é de crescimento de 1%, com viés de baixa. Para 2015, a projeção é de elevação de 1,5%.
Ambos os economistas falaram, depois de suas palestras, ao Diário do Comércio. Veja abaixo trechos das entrevistas.
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